quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O dia em que ví uma alma

Não se preocupem, não é uma história de terror, pelo menos para mim não, eu tenho uma amiga que não senta do lado direito do ônibus porque no trajeto que ela faz de volta do trabalho ela passa na frente de uma funerária, é talvez para ela seja...
Gente infelizmente ( ou felizmente) não tem jeito, quando a promissória vence, você infalivelmente bate as botas, não importa o que esteja rolando aqui em baixo, venceu...um abraço! Este assunto para mim sempre foi natural, vocês vão achar bizarro mas falo com minha filha de 8 anos sobre a morte, a minha  futura morte, acreditem até a dela! Gritem, isso foi um terror,mas é necessário, imagine você criança de repente seu pai/mãe morre, eu perguntaria: " -Por que raio ninguém me avisou que isso poderia acontecer?" eu preferiria que alguém me avisasse dessa possibilidade, as pessoas falam tão pouco sobre isso que quando acontece é um choque generalizado, choque pra família, para o morto que muitas vezes nem imagina que existia vida após a morte, choque até para o cachorro dele que estava acostumado a passear todos os dias as 18:00hs.
Se vc fala de vez em quando sobre isso,  fica menos "trágico",(como diria o seu Omar do seriado " Todo mundo odeia o Chris)porque difícil mesmo é pra quem fica, e ainda tem que ver tv no Brasil, isso é a morte. Viu falei sobre a morte, eu você nem se benzeu tanto agora vamos falar sobre almas, eu já ví pelo menos umas 4 vezes as chamadas " almas", as outras vezes que ví na realidade eram pessoas vivas ( mas acho que a promissória estava pra vencer), a primeira vez foi quase cômico:
Eu estava descendo a minha rua , quando de repente ví um carro funerário estacionado na casa do vizinho, "puxa, será que o casal de velhinhos está bem?" pensei eu, continuei andando, cheguei ao ponto de ônibus e lá fiquei, até que o mesmo carro funerário passou pelo ponto, lá dentro um caixão e no banco da frente estavam o motorista e o Sr. Alberto* ( nomes trocados para preservarmos os vivos e os mortos também), o Sr. Alberto cabisbaixo nem me deu um tchauzinho, bem sério.
È lógico que imaginei que a promissória de Dona Carmela tinha vencido, cheguei em casa triste, contei para minha mãe, fizemos uns 3 minutos de silêncio, até uma oração.
O tempo passou, o sol subiu na montanha, a lua, e quinze dias depois eu estava descendo aquela mesma rua cheia de passarinhos cantando e esquilos pulando ( eu moro no mato, não se assustem) quando adivinhem quem eu encontrei??????????????????????????? Dona Carmela!!!!
" Ô minha filha, você não sabe o que aconteceu, o Alberto faleceu!  (é mesmo, não era a senhora???pensei), foi tudo tão rápido que nem tive tempo de avisar a sua família....
Almas estão por aí, uns acreditam, outros não, mas que estão aí estão....depois conto mais "causos" beijo grande a todos.



Nenhum comentário: