Despedida
Cecília Meireles
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão. -
Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
Este poema parece triste mas é muito real...e por que não libertador...
Não importa se temos filhos, mães, esposos, chegamos aqui sós, e iremos sós, uma responsabilidade que nos pertence como o nosso sangue, talvez no final não sobrem muitas coisas, mas sobrará o nosso ser, cheio de lições.
Este poema parece triste mas é muito real...e por que não libertador...
Não importa se temos filhos, mães, esposos, chegamos aqui sós, e iremos sós, uma responsabilidade que nos pertence como o nosso sangue, talvez no final não sobrem muitas coisas, mas sobrará o nosso ser, cheio de lições.
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