Materia retirada do portal M de Mulher.
"Experiência enriquecedora
De vez em quando, o pizzaiolo Fernando Freitas, 26 anos, entrega uma barra de chocolate à professora no fim da aula. Foi o jeito que ele encontrou para demonstrar sua gratidão pelo tempo que Andréia Santos, 21 anos, dedica para alfabetizá-lo. A estudante, que cursa administração na PUC-SP, reserva duas horas por semana ao bê-á-bá dos ''analfabetos funcionais''.
De acordo com levantamento feito pelo Instituto Montenegro (um braço do Ibope), 32% da população brasileira entre 15 e 64 anos ainda se encaixa neste perfil: escreve com dificuldade, não consegue interpretar textos ou desenvolver operações matemáticas complexas.
Fernando é a personificação dessas estatísticas. Nasceu em Itabaianinha, Sergipe, parou de estudar na 4ª série e mudou-se para São Paulo em busca de emprego. Há dois meses, freqüenta o Projeto de Alfabetização da PUC Júnior, onde Andréia trabalha, uma empresa administrada só por alunos da universidade que atua na área de responsabilidade social. Os estudantes da empresa alfabetizam, em média, 25 pessoas por ano.
Além de ajudar quem precisa, a iniciativa de Andréia também a favorece. Para quem está em início de carreira, realizar trabalho voluntário conta pontos no currículo. ''É gratificante saber que posso fazer a diferença na vida deles. E a experiência me trouxe amadurecimento'', conta Andréia."
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